Olá, pessoas! Como vocês estão?
Primeiramente, eu gostaria de pedir desculpas pela minha ausência no blog. Eu queria ter um bom motivo, mas não o tenho, foi pura preguiça e falta de vontade de postar. ;x Prometo que nas próximas semanas vocês vão me ver mais vezes.
Enfim, o post de hoje é o terceiro guia de quadrinhos do mês, o tema das sextas de setembro aqui no blog. E se a Dana falou de quadrinhos mensais, a Igra de um mangá, do que eu poderia falar? Escolhi, é claro, o tipo que eu mais gosto: graphic novels.
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Uma das edições estrangeiras de Retalhos |
Mas, para começar, o que diabos é isso? Bom, graphic novel já tem um nome que diz tudo por si só: é um romance gráfico, um romance em quadrinhos. Diferentemente de quadrinhos mensais ou mangás, elas dificilmente são em séries, é muito mais comum você vê-las em volumes únicos (obviamente, existem exceções. “Persépolis”, de Marjane Satrapi, por exemplo, foi orginalmente lançado em quatro volumes). Dúvida tirada, vamos para a graphic novel sobre a qual eu escolhi falar.
Eu conheci o Craig Thompson, o autor de “Habibi”, por acaso. Um belo dia eu estava olhando a parte de quadrinhos da biblioteca da minha escola (que é boa, mesmo sendo pequena) e vi “Retalhos”* lá. Eu já tinha ouvido falar muito bem dele e, como eu estava no clima para quadrinhos, resolvi pegar – o que se provou ser uma das melhores escolhas da minha vida. “Retalhos” é a autobiografia do Craig e me encantou por dois fatores: (a) os traços muito bonitos e o detalhe dos desenhos e (b) a história tem um teor filosófico muito grande, não é como se fosse apenas uma autobiografia, o autor vai além. Depois de ler, queria mais do autor e quando soube que a Companhia das Letras lançaria outra obra dele aqui no mês passado, corri para comprar.
* Eu já fiz um post sobre essa graphic novel e Persépolis, clique aqui para ver.

Craig Thompson conta a linda história de Dodola e Zam. A primeira é uma menina que ainda quando criança é vendida em casamento e que, posteriormente, é sequestrada por um grupo que vende escravos. E é no cativeiro que ela conhece e foge com Zam, ainda pequeno, apenas 3 anos. O livro mostra como os dois cresceram (física e psicologicamente) e como o caminho dos dois se separou (e reencontrou). E é só isso que vou dizer.
E se eu achei os desenhos do autor ótimos no primeiro que eu li, nesse eu tive a certeza de que ele é um dos melhores (e o meu preferido) nesse aspecto. Isso porque “Habibi” não tem só um belo traço e detalhes muito bons, há toda uma simbologia relacionada ao islamismo no próprio desenho. Nele, podemos até ver o uso de palavras e frases em árabe. Inclusive, em um dos quadros há uma chuva representada por um poema em árabe. É lindo!

“Habibi” é realmente uma obra-prima. O Craig Thompson conseguiu contar uma história maravilhosa tanto por palavras quanto por desenhos e se consolidou como o meu preferido. Embora seja uma obra adulta, recomendo-a para todas as pessoas porque realmente vale a pena cada centavo gasto para ler, refletir e amar.
Até! o/
Oi, Paulo!
ResponderExcluirEntão, eu nem sabia o que era graphic novel até ver seu outro post sobre "Persépolis" e "Retalhos" jdkfghdkjfhg. É um gênero, hm... diferente.
Pra ser sincero, não me interessei muito por "Habibi". Não sei, parece que a história é meio "séria" (essa não é a palavra que eu queria, mas tá), por conter coisas da religião islâmica, influência árabe e tudo mais. Acho que eu sempre pensei em quadrinhos como um entretenimento leve, talvez eu não esteja preparado para algo deste nível.
De qualquer forma, se algum dia eu me deparar com "Habibi" em alguma biblioteca ou algo assim, não custa dar uma olhada e ler um pouquinho. Quem sabe eu acabo gostando, né? Se for legal tanto quanto os desenhos são bons, acho que vai valer a pena.
Ah, e eu comprei "A Idade dos Milagres" :D Como eu disse, fiquei encantado pelo que você disse na resenha e ele furou a fila de vários livros que eu queria comprar. Vou ler assim que puder (:
Bem... acho que é isso. Ah, e embora eu não tenha me identificado muito com "Habibi", seu texto está incrível como sempre. Parabéns o/
Abraço (:
Eu não tenho o hábito de ler Graphic Novels, mas vez ou outra tem uma que chama minha atenção. Eu já tinha lido sobre o lançamento de Habibi e me interessado. Daí, outro dia vi na livraria e pude avaliar melhor. Realmente os traços são lindos e a história parece muito boa, embora mais "séria", como disseram nos comentário. O preço não é muito amigável, mas o livro é lindo e vale cada centavo. Está na minha lista de desejos.
ResponderExcluirbjo!